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.recordações de um verão passado.

O fim de uma aventura de 2 anos de aulas, em 2007, levou um punhado de alunos a um cenário quase perfeito para uma narrativa de praia, divertimento e aventura.
A partida da esl, com uma chuva atípica para o mês de Julho, não esmoreceu a ânsia de chegar, montar as tendas, e mergulhar, quase que de imediato, na praia que parecia esperar por nós.
Quando a noite se punha, as investidas na Mata do Camarido adquiriam um tom divertidamente fantasmagórico que deliciavam quem assistia. Enfim, quem já acampou sabe do que eu falo... Sabe que existem coisas inarráveis e, acima de tudo, um espírito de entre-ajuda campista que torna um simples pedido de ajuda no início de uma amizade...

Campismo - 2007
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.que políticas para uma sociedade em evolução.


«JUNHO DE 2009. A data podia muito bem ser o título de um filme de ficção científica. Senão vejamos...
Apesar de fazer parte da geração anterior, tenho o privilegio de lidar diariamente com jovens que são o reflexo da actualidade e da sociedade de um futuro próximo. Muitas vezes deparo-me com situações que me obrigam a reflectir e a ponderar os meus actos como professora e como mãe.
São jovens virados para as tecnologias, com uma intuição inacta e uma disponibilidade total para a esfera virtual. São jovens com uma necessidade emergente de fazer parte de redes sociais (hi5, twitter, facebook, blogs, etc.) e de partilharem as suas vivências e gostos com o mundo, querem absorver todas as amizades disponíveis e coleccionar amigos virtuais e comentários que lhes permitam reforçar a sua auto--estima e estruturar a sua personalidade, criam assim novos códigos de linguagem e de expressão. Esta relação entre o ser humano e a máquina está a tomar proporções gigantescas. Faz-me lembrar um filme que vi há uns anos chamado "eXistenZ" de David Cronenberg; os protagonistas viviam as suas vidas divididos entre o real e o virtual. Estavam sempre acompanhados por um dispositivo e, volta e meia, ligavam--no ao seu próprio corpo através de uma entrada (do género pen USB) que ficava conectada nas costas e que os levava para diferentes cenários virtuais e assim jogavam... Eram dependentes daquele ritual e pareciam zombies quando eram desconectados... Será que é isso que se está a passar com os nossos jovens? Estarão a ficar dependentes das tecnologias? Como encontrar o equilíbrio na utilização das tecnologias de comunicação e tirar o maior partido possível, sem ficarem absorvidos no vazio?
Há poucos anos atrás falava-se da aldeia global em que o nosso mundo se iria tomar ao utilizar as tecnologias de comunicação. Uma teia gigante que iria ligar a humanidade através de uma rede virtual. Toda a informação disponível com uma simples pesquisa, uma biblioteca infinita e disponível para todos. A informação já não era só para classes priveligiadas, mas sim acessível a todos. Este, na minha opinião, foi o primeiro passo para esta nova sociedade. O conhecimento partilhado por todos e para todos...
Começavam também a ganhar destaque na blogosfera, os primeiros chats, com salas de conversa que desinibiam o ser mais introvertido. Estava-se longe de imaginar a repercussão das redes sociais e os efeitos positivos ou nefastos que viriam a causar... O segundo passo para a sociedade emergente. Os relacionamentos ganham outra relevância, quando se desenvolvem num espaço virtual. Quantas histórias já ouvimos de grandes paixões que despoletaram através da internet, muitas vezes ultrapassando barreiras de idades, distâncias, raças e etnias, estratos sociais... Perante estas realidades, qual a melhor política para lidar com estes jovens? Parece-me que tudo se está transformar depressa demais, as escolas estão obsoletas (apesar de todos os projectos e planos de desenvolvimento para incluírem as tecnologias de informação); o conhecimento dos professores está ultrapassado (apesar de todas as acções de formação sobre "Como utilizar as TIC na sala de aula?"), a grande maioria não consegue acompanhar os jovens desta sociedade. Como poderemos construir o conhecimento se não sabemos com quem estamos a lidar? Como os podemos conhecer se não aceitamos que a realidade é outra? Eles são fruto de muita informação latente, agem como resposta a este "tempo-não-tempo" em que o tempo não chega; são muitas vezes apelidados de hiperactivos mas não passam de seres com outra energia, com outras necessidades. O que temos já não os satisfaz!
Como podemos aproveitar estas apetências para os tomar mais conscientes do processo de ensino e aprendizagem?
A banalização do pc (personal computer) é um grande passo... "talvez maior do que as nossas pernas". A minha filha, de cinco anos e meio, está contente e ansiosa por ir para a escola primária, não só porque vai aprender coisas novas, mas também, e principalmente, porque vai ter o "Magalhães".
Todas estas questões não podem ser esquecidas, nem ignoradas... São vitais no processo de construção de políticas que visem a educação dos nossos jovens e na preparação dos nossos professores; peças cruciais neste jogo que mais parece virtual...»

Professora Cláudia Ormonde - Sem/100 Palavras nº8 ano VIII
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.esl - outubro de 2008.